Música renascentista refere-se à música europeia escrita durante a renascença,
ou seja, no período que abrangeu, aproximadamente, os anos de 1400 a
1600. A definição do início do período renascentista é complexa devido à
falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV.
Adicionalmente, o processo pelo qual a música adquiriu características
renascentistas foi gradual, não havendo um consenso entre os
musicólogos, que têm demarcado seu começo tão cedo quanto 1300 dC até
tão tarde quanto 1470 dC.
PRINCIPAIS COMPOSITORES:
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS DA RENASCENÇA
A música se baseia em modos, mas estes são gradualmente tratados com maior liberdade a medida que vai aumentando o número de “acidentes” introduzidos.
Texturas mais cheias e ricas em músicas escritas para quatro ou mais vozes. A parte do baixo vocal é acrescida ao tenor.
Texturas mais cheias e ricas em músicas escritas para quatro ou mais vozes. A parte do baixo vocal é acrescida ao tenor.
Na textura musical usa mais combinação do que contraste.
Harmonia: maior preocupação com o fluxo e progressão de acordes, com as dissonâncias sendo tratada de forma menos rígida.
Música sacra: algumas peças destinadas a execução a capella, frequentemente contrapontísticas, com muita imitação e nas quais os elementos musicais são combinados e entrelaçados de forma a combinar uma textura de fluxo contínuo, sem remendos.
Outras músicas da igreja acompanhadas por instrumento, por exemplo peças policorais em estilo polifônico, muitas vezes envolvendo fortes contrastes musicais.
Música profana: rica em variedade de músicas de canto, dança e de peças instrumentais. Muitas copiando o estilo vocal, mas outras genuinamente ligadas a instrumentos.
Os timbres característicos dos instrumentos renascentistas- Muitos formando famílias (Um mesmo instrumento em diversos tamanhos e tons).
MÚSICA SACRA
Na renascença, os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, inclusive em escrever peças para instrumentos, já não mais usados somente com a finalidade de acompanhar vozes.
No entanto os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como “polifonia coral”- música contrapontística para um ou mais coros, com diversos cantores encarregados de cada parte vocal. Boa parte dessa música era essencialmente coral. Cantada sem o acompanhamento de instrumentos.
As principais formas de música sacra continuaram sendo a missa e o moteto, escritos no mínimo para quatro vozes, pois os compositores começaram a explorar os registros abaixo do tenor, escrevendo a parte que agora chamamos de “baixo”, e desse modo criando uma textura mais cheia e rica.
MOTETO DE JOSQUIN DES PRÉS ABSALÃO FILI MI
A música ainda se baseava em modos, mas estes foram gradualmente sendo usados com maior liberdade, já que cada vez mais eram introduzidas notas “estranhas” ou “acidentais”, ao que chamavam “música ficta”.
As técnicas medievais, como o hoqueto e o isorrítmo, foram esquecidas, mas até 1550 as missas e motetos ainda tinham um cantus firmus a fundamenta-las. No entanto, em vez de um cantochão servindo de base melódica. Os compositores passaram a usar canções populares.
A textura predominante é o contraponto imitativo e o elemento chave nesse tipo de textura é chamado imitação, ou seja, introdução, por uma voz, de um trecho melódico que, imediatamente depois será repetido ou copiado por outra voz.
Ouça:
Palestrina (Itália, C. 1525-1594)
A polifonia coral vai atingir o máximo de sua beleza e expressividade durante a segunda metade do século XVI, na música de Palestrina (Itália), Byrd (Inglaterra) e Victoria (Espanha).
A Missa Papae Marcelli ( Missa em memória do papa Marcelo), peça inteiramente original, sem qualquer cantus firmus fundamentando sua composição.
A música é de uma beleza calma e serena. Palestrina a escreveu para seis vozes, tecendo com suavidade o seu contraponto numa textura fluente e contínua.
A Missa Papae Marcelli ( Missa em memória do papa Marcelo), peça inteiramente original, sem qualquer cantus firmus fundamentando sua composição.
A música é de uma beleza calma e serena. Palestrina a escreveu para seis vozes, tecendo com suavidade o seu contraponto numa textura fluente e contínua.
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